Acidente devastador na Índia: corte de combustível logo após decolagem
O voo 612 da Air India mal havia deixado a pista de Ahmedabad, em 12 de junho de 2025, quando tudo deu errado em questão de segundos. Investigações preliminares do Bureau de Investigação de Acidentes Aeronáuticos da Índia (AAIB) trazem à tona detalhes chocantes dessa tragédia: os interruptores de controle de combustível dos dois motores foram posicionados em “cutoff” quase ao mesmo tempo, justamente no momento em que o avião atingia sua maior velocidade registrada na curta viagem.
A consequência foi brutal. Sem combustível, os motores do Boeing 787-8 Dreamliner perderam força quase de imediato. O avião despencou em um bairro residencial, matando pelo menos 241 pessoas a bordo e 19 no solo. Em meio a esse cenário caótico, apenas um passageiro sobreviveu, mesmo com ferimentos graves.
Confusão na cabine e mistério sobre o comando dos motores
O relatório expõe ainda a tensão de dentro do cockpit. A caixa de voz do avião gravou um dos pilotos questionando o colega o motivo do corte de combustível, ouvindo como resposta que ele próprio não havia feito nada. Ou seja: nem os próprios comandantes tinham clareza sobre o que aconteceu ali, segundos antes de viverem o pior.
Ainda teve tempo para um pedido de socorro desesperado — o já famoso “MAYDAY” —, enquanto a aeronave caía rapidamente de altitude, sem chance de reação. Para piorar, mesmo com um dos motores conseguindo retomar parte da força, a altura já era insuficiente para evitar a colisão.
A checagem do avião após o acidente não mostrou nenhum defeito aparente nos interruptores de combustível, que estavam funcionando desde 2023 e haviam sido checados poucas semanas antes do desastre. Componentes como reversores de empuxo e controles de potência estavam no lugar correto, e os flaps ainda em posição de decolagem, o que indica que não houve manobra radical de última hora. O sistema de emergência Ram Air Turbine foi acionado, sinal claro de situação crítica poucos momentos após a partida.
Especialistas no setor não conseguem explicar como um corte simultâneo e repentino de combustível pôde acontecer tão cedo em um voo comercial moderno, chamando o ocorrido de “bizarro”. Apesar disso, o AAIB tranquilizou as companhias: até o momento, não há indicações de falha sistêmica nem no Boeing 787-8 nem nos motores GE GEnx-1B.
Enquanto familiares aguardam respostas e o setor aéreo observa atentamente cada atualização, fica o mistério: o que teria levado ao acionamento dos botões de corte de combustível, sem que nenhum defeito aparente tenha sido identificado?
