Um resumo da partida que ficou na memória
No último domingo, o LDU Quito entrou em campo no Estádio Morumbí com a meta de segurar a vantagem que havia construído em Quito. A equipe já liderava o confronto por 2 a 0 após o primeiro jogo, e sabia que bastava não perder por mais de um gol para seguir adiante. O clima estava carregado, mas o time equatoriano manteve a postura calma e organizada.
Logo aos 27 minutos, Jeison Medina recebeu um passe na entrada da área e, com leve toque, enviou a bola ao fundo da rede. O gol trouxe a vibração da torcida e praticamente selou a classificação. A partir daí, o técnico da LDU pediu aos jogadores que mantivessem a disciplina, fechar os espaços e esperar os contra‑ataques.
O São Paulo, comandado por Hernán Crespo, entrou com a necessidade de reagir. O treinador apostou em um ataque mais ousado, colocando Ferreirinha, Rigoni e Luciano no trio ofensivo de um 3‑4‑3. Mesmo com o apoio da torcida em casa, os brasileiros não conseguiram achar brechas na defesa bem postada do time equatoriano.
O que mudou entre as duas partidas?
A primeira partida, disputada na altitude de Quito, deu ao LDU a vantagem de dois gols. Essa diferença permitiu que no segundo jogo a equipe adotasse uma postura mais conservadora, focada em não abrir espaço. No primeiro tempo da volta, o São Paulo tentou pressionar, mas esbarrou em um meio‑campo compacto que cortava as linhas de passe.
Além da estratégia, alguns fatores externos pesaram:
- Marcos Antônio ficou fora por lesão, tirando um criador de jogadas importante do esquema brasileiro.
- Luiz Gustavo, que vinha de um problema de trombose pulmonar, ainda não estava 100% e acabou não sendo acionado.
- O clima úmido em São Paulo dificultou a velocidade de transição do time visitante.
Mesmo assim, o LDU soube explorar as poucas oportunidades que surgiam. Em contra‑ataques rápidos, o atacante Leandro Carballo quase fez o 2‑0, mas a bola tocou na trave. O goleiro do São Paulo, Rafael, teve boas defesas, mas a pressão equatoriana foi suficiente para segurar o placar.
Ao fim do jogo, o placar 1‑0 completou a vitória por 3‑0 no agregado. O LDU Quito voltou a uma semifinal da Libertadores depois de 17 anos, reafirmando que o futebol sul‑americano ainda tem espaço para surpresas.
O próximo adversário será o Palmeiras, um dos clubes mais fortes do Brasil nos últimos anos. A partida promete ser uma batalha tática, já que o LDU terá que se adaptar ao estilo explosivo do rival, enquanto o Palmeiras buscará impor seu ritmo. Os torcedores equatorianos já sonham com a final, mas sabem que ainda há um caminho longo pela frente.
Para o São Paulo, a eliminação traz um fim precoce na competição continental, apesar do bom desempenho no campeonato nacional. O treinador Crespo deve agora focar nos jogos restantes da temporada, ajustando o elenco e guardando a energia para as próximas disputas.
A transmissão ao vivo levou milhões de espectadores à tela, comprovando o peso da partida dentro do calendário do futebol sul‑americano. Comentadores elogiaram a postura disciplinada do LDU e a coragem do São Paulo ao buscar o recomeço, mesmo com as dificuldades.
Esta vitória ressalta a competitividade da Libertadores, onde equipes de diferentes países ainda conseguem chocar os gigantes. O LDU Quito, com sua história renovada, demonstra que o futebol ainda tem espaço para histórias de superação e momentos inesquecíveis.
