Lanús x Platense: vitória por 2 a 1 em La Fortaleza com gols de Canale e Acosta

Lanús x Platense: vitória por 2 a 1 em La Fortaleza com gols de Canale e Acosta

O jogo

Clima de jogo grande, estádio cheio e final tenso até o último minuto. Foi assim em Lanús x Platense, na noite de sexta (19) para sábado (20), em La Fortaleza, pela 9ª rodada do Clausura da Liga Profesional. O Lanús fez 2 a 1, com gols de José Canale, aos 37 do primeiro tempo, e do capitão Lautaro Acosta, aos 45+1. Ronaldo Martínez descontou para o Platense aos 90+5, quando a partida já caminhava para o apito final.

O Lanús precisou combinar intensidade e controle para levar os três pontos. A equipe começou pressionando a saída de bola, empurrando o adversário para o próprio campo e forçando erros. O gol que abriu o placar nasceu de uma jogada bem ensaiada: E. Muñoz apareceu com precisão na assistência, e Canale atacou a bola com força para vencer o goleiro. Não foi um gol casual; foi a recompensa de um time que leu bem o jogo desde o início.

Antes do intervalo, o golpe que mudaria a cara da partida. Em transição rápida, A. Canelo achou um passe limpo no espaço entre as linhas, e Acosta, aquele velho conhecido da torcida grená, entrou na área com a frieza de quem já viveu noites assim centenas de vezes. Toque no canto, 2 a 0, e a sensação de que o Lanús tinha a noite nas mãos.

O segundo tempo trouxe outro roteiro. O Platense adiantou suas peças, ganhou metros pelos lados e começou a carregar a bola com mais gente no terço final. Losada, atento, saiu bem do gol em duas chegadas que poderiam ter recolocado o visitante no jogo mais cedo. Mesmo assim, o Lanús manteve o bloco compacto, baixou o ritmo quando precisou e administrou o relógio com posse e faltas táticas.

Quando o cronômetro já passava dos 90, o Platense encontrou o gol que vinha perseguindo. Ronaldo Martínez apareceu na área para completar uma bola viva e reduzir o placar aos 90+5. O 2 a 1 reacendeu a partida por alguns instantes, mas faltou tempo para qualquer virada de roteiro. A vitória ficou em Buenos Aires, e o Lanús saiu aplaudido.

Detalhe que conta muito no desfecho: o Lanús costuma matar o jogo quando sai na frente em casa. Os números antes do apito inicial apontavam 85% de vitórias quando o time abre 1 a 0 no próprio estádio — e a atuação deste sábado encaixou direitinho nessa estatística.

Os momentos-chave explicam por que o resultado foi justo:

  • Pressão inicial do Lanús, com recuperação alta e chutões forçados do Platense.
  • Gol de bola bem trabalhada: assistência precisa de E. Muñoz e finalização agressiva de Canale.
  • Ampliação no fim do primeiro tempo, com a experiência de Acosta para atacar o espaço na área.
  • Gestão de vantagem na etapa final, com linhas compactas e controle das segundas bolas.
  • Reação tardia do Platense, coroada com o gol de Ronaldo Martínez, mas sem tempo para mais.

No plano individual, Canale foi o ponto de equilíbrio na defesa e ainda apareceu como arma no ataque para abrir caminho. Acosta mostrou por que segue sendo referência técnica e emocional do elenco: leitura de espaço, tempo de bola e decisão do lance com um toque só. E. Muñoz, com participação direta no primeiro gol, sustentou boa atuação nas coberturas.

Do meio para frente, o Lanús contou com a criatividade de Marcelino Moreno, que já vinha liderando a equipe em chances claras criadas na temporada. A. Canelo manteve sua média de finalizações no alvo por jogo e alternou de referência a facilitador, como no passe do 2 a 0. Rodrigo Castillo, artilheiro do time no ano, ajudou a abrir espaços e puxar a marcação, mesmo sem balançar a rede desta vez.

O Platense não foi um visitante passivo. Guido Mainero tentou quebrar linhas com conduções e cruzamentos, papel que ele já desempenha bem, sendo o maior gerador de grandes chances do time no ano. Ignacio Schor, importante pela direita, testou Losada de fora da área e buscou diagonais para dentro. No fim, coube a Ronaldo Martínez, artilheiro da equipe na temporada, deixar a sua marca e manter viva a ideia de que o Platense poderia arrancar um ponto.

O cenário pré-jogo já tinha mostrado um choque de tendências. Em casa, o Lanús vinha de 3 gols nos últimos 5 jogos, com média de 1,16 por partida no próprio estádio. O Platense, por sua vez, tinha sido mais produtivo no geral (6 gols nos últimos 5), mas o rendimento como visitante era modesto: 0,7 gol/jogo fora de casa. Em campo, essas curvas se cruzaram exatamente como o script previa: o Lanús foi eficiente; o Platense, tardio na resposta.

O retrospecto também pesou. Nos sete confrontos mais recentes entre os dois, o Lanús tinha duas vitórias, quatro empates e apenas uma derrota, com saldo de 9 a 6. Em casa, a invencibilidade já durava três jogos — e agora ganhou mais um capítulo. O encontro anterior havia sido 0 a 0; desta vez, a bola entrou quando o time grená teve as chances.

Taticamente, o Lanús armou uma linha de quatro bem protegida por um volante mais fixo, o que permitiu aos meias atacarem os espaços entre zagueiros e laterais do Platense. Quando perdia a bola, a equipe acionava um gatilho simples: pressão imediata no portador e cobertura curta para fechar o corredor central. Deu certo na maior parte do tempo. No ataque, a mobilidade dos homens de frente confundiu a marcação e abriu trilhas para o passe vertical.

O Platense tentou responder com amplitude e cruzamentos para povoar a área, além de alternar uma saída de três para escapar da pressão. Funcionou mais no segundo tempo, quando o time ganhou corpo e se instalou no campo de ataque. Faltaram, porém, duas coisas: capricho no último passe e uma chegada mais limpa pelo corredor central. Só nos acréscimos a insistência virou gol.

Impacto na tabela e próximos passos

Impacto na tabela e próximos passos

O 2 a 1 é daqueles resultados que mudam o humor do vestiário. Em um Clausura apertado, cada vitória em casa vale ouro e sustenta a briga na parte de cima da tabela. O Lanús confirmou a fama de mandante forte e somou pontos que podem pesar lá na frente. A performance foi coerente com a campanha recente: quando encontra o primeiro gol, o time sabe transformar vantagem em controle.

Para o Platense, fica o incômodo com o desempenho como visitante. O time até consegue produzir, mas sofre para transformar volume em chances claras longe de casa. O gol tardio mostra que há ferramentas para competir; o desafio é ativá-las mais cedo. Ajustes no início do jogo — especialmente na saída pressionada e na proteção ao espaço entre lateral e zagueiro — podem encurtar o caminho até os pontos.

Do ponto de vista individual, alguns recados ficam para a sequência. O Lanús reforça a ideia de que Marcelino Moreno é o cérebro criativo, que A. Canelo rende bem como conector e que a liderança de Acosta segue atual. Na defesa, Canale confirma presença dominante nas duas áreas. No Platense, Mainero e Schor sustentam o jogo pelos lados, enquanto Ronaldo Martínez mantém a confiança em alta com mais um gol na temporada.

Os números pré-rodada ajudam a colocar a noite em perspectiva:

  • Lanús: média de 1,16 gol por partida como mandante e 85% de vitórias quando abre 1 a 0 em casa.
  • Platense: 6 gols nos últimos 5 jogos, mas só 0,7 gol por partida como visitante.
  • Histórico recente do confronto: 2 vitórias do Lanús, 4 empates e 1 do Platense; saldo de 9 a 6 para o time grená.

Sem agenda apertada de viagens no meio da semana, a tendência é que o Lanús aproveite a base que funcionou: pressão coordenada, laterais cautelosos e ataque que roda posições para desorganizar a defesa rival. O Platense, por sua vez, tem no treino a chance de ajustar a saída de bola e calibrar o último passe. O que os 90 minutos deixaram claro é que ambos têm identidade; a diferença, nesta rodada, esteve no momento dos gols.

La Fortaleza voltou a pesar. O Lanús foi efetivo quando precisou ser e sobreviveu ao sprint final do Platense. Em um campeonato decidido nos detalhes, noites assim contam mais do que parecem.


Alessandro Machado

Alessandro Machado

Sou um jornalista especializado em notícias e adoro escrever sobre assuntos relacionados ao cotidiano brasileiro. Minha paixão é informar e engajar a audiência com conteúdo relevante e atual. Trabalho para trazer ao público histórias que importam em suas vidas diárias. Além de escrever, gosto de explorar novos locais e conhecer pessoas interessantes.


Escreva um comentário