Escalada rumo às semifinais
O confronto entre Flamengo e Estudiantes de La Plata foi decisivo para definir quem seguiria na Copa Sudamericana. O jogo de volta, realizado no Estádio Jorge Luis Hirschi, começou com o time argentino à frente, ao marcar o único gol da partida nos minutos finais da primeira metade. O atacante Gastón Benedetti recebeu um passe filtrado e, com precisão, enviou a bola ao fundo das redes, quebrando o placar e forçando a partida para a disputa de pênaltis.
Com a vantagem de 1 a 0, o Estudiantes parecia ter o controle da partida, especialmente diante da torcida local, que criou um clima de intimidação para os visitantes. Os flamenguistas, entretanto, mantiveram a calma e buscaram o empate, mas chegaram a ter um gol anulado por impedimento em uma jogada que poderia mudar o rumo do jogo.
Ao fim dos 90 minutos, com o placar ainda em 1 a 0 a favor dos argentinos, o duelo foi para a prorrogação, onde nenhuma das equipes conseguiu balançar as redes. Assim, a decisão recaiu sobre a cobrança de pênaltis, um cenário em que a pressão psicológica costuma ser maior que a habilidade técnica.
Definição nos pênaltis
A sequência de pênaltis começou com o Estudiantes tirando primeiro, mas a defesa do goleiro rubro‑negro, Agustín Rossi, foi determinante. O arqueiro realizou duas defesas cruciais, neutralizando as tentativas adversárias e mantendo viva a esperança do seu time. Cada parada elevava o nível de tensão dentro da área e deixava os torcedores brasileiros em festa silenciosa.
O Flamengo, por sua vez, converteu quatro de suas cinco cobranças, demonstrando técnica e frieza na hora do teste. O primeiro cobrador fez o gol com tranquilidade, o segundo também converteu, e o terceiro, apesar de sentir a pressão, conseguiu marcar. O quarto lance foi o ponto de virada: a bola bateu na trave e saiu, mas o erro foi compensado pela segunda defesa de Rossi, que garantiu a vitória.
Com o placar final de 4 a 2 nos pênaltis, o Flamengo garantiu sua vaga nas semifinais da competição continental. A partida mostrou como o fator experiência pode ser decisivo nas fases de mata‑mata, especialmente quando as equipes estão equilibradas e o marcador está fechado.
O próximo desafio será contra o Racing Club, clube argentino com tradição e histórico de boa campanha na Copa Sudamericana. O confronto promete ser intenso, já que o Racing tem um elenco que combina força física e bom entrosamento, características que podem testar a defesa do Flamengo.
Para o Estudiantes, a eliminação trouxe frustração, mas também orgulho. Os jogadores demonstraram que podem competir de igual para igual com um dos maiores clubes da América do Sul, e a torcida saiu do estádio com a sensação de ter presenciado um espetáculo digno de sua história.
A partida também ressaltou a importância dos goleiros em momentos decisivos. Enquanto alguns torcedores questionavam a regularidade de Rossi, a atuação dele nos pênaltis silenciou as críticas e reforçou a confiança da equipe na defesa.
Com a classificação, o foco do Flamengo agora se volta para a preparação tática e física para enfrentar o Racing. O treinador tem trabalhado nos treinos de bolas paradas e na organização defensiva, sabendo que o próximo confronto pode ser decidido pelos detalhes.
Os torcedores do Flamengo já começam a lavar a camisa em expectativa, lembrando que a Copa Sudamericana ainda tem um longo caminho até o título. Resta aguardar para ver se a equipe conseguirá transformar a experiência dos pênaltis em conquistas consistentes nas duas próximas partidas.
