Quando Eliana Aparecida Elias atravessou as portas dos estúdios do Sistema Brasileiro de Televisão (SBT) na noite de sexta-feira, 7 de novembro de 2025, o silêncio que se seguiu não foi de expectativa — foi de reverência. A apresentadora, hoje ligada à Rede Globo, voltava ao lugar onde construiu parte da sua história. Sem microfone, sem luzes, ela abraçou ex-colegas, chorou, e só então disse: "Estar aqui é sempre muito especial". O público, em pé, aplaudiu. Ninguém precisou explicar por quê.
Um reencontro que transcende contratos
Eliana deixou o SBT em 2018, depois de mais de duas décadas como uma das maiores estrelas da emissora. Desde então, se tornou ícone da Globo com programas como "Eliana" e "Encontro com Fátima Bernardes". Mas o Teleton sempre foi diferente. Mesmo após a mudança, ela continuou aparecendo em edições anteriores como convidada especial — um gesto raro em um mundo onde as emissoras se veem como rivais. Desta vez, porém, foi mais que uma aparição. Foi um retorno oficial, autorizado pela Globo, com contrato de participação exclusiva para o evento. "Isso não é só caridade. É fidelidade", disse um produtor anônimo ao site Terra.com.br. "Ela não precisava vir. Mas veio. E isso diz mais do que qualquer contrato."Os bastidores do emocionante retorno
Antes de subir ao palco, Eliana passou 20 minutos nos corredores dos estúdios, na Avenida Engenheiro Caetano Álvares, 530, em Santana, São Paulo. Foi lá que reencontrou a equipe de produção que a ajudou a criar o "Programa da Eliana" nos anos 1990. Um dos assistentes, que trabalha lá desde 1997, contou ao fotógrafo Will Dias da Brazil News que ela "pegou um dos antigos bonecos do programa e ficou olhando como se fosse a primeira vez". O vestido preto e branco com cauda longa e colar de bolinhas — descrito pela mídia como "look bicolor de princesa" — não foi escolhido por moda, mas por simbolismo: a cor preta, pela seriedade da causa; o branco, pela pureza do propósito.Do outro lado do palco, Celso Portiolli, apresentador de contrato exclusivo com o SBT desde 2010, manteve a compostura. Seu terno preto clássico contrastava com a emoção que transbordava da ex-colega. "Independentemente de qualquer coisa, da distância..." — a frase cortada durante a transmissão foi completada depois: "...a gente nunca deixa de ser parte disso". Quem falou? Não foi revelado oficialmente, mas fontes próximas ao SBT confirmaram que foi Portiolli.
Teleton 2025: a missão que não dorme
O evento, que começou às 22h00 (horário de Brasília) e terminou às 1h00 do dia 8 de novembro, foi a 28ª edição da maratona beneficente. A meta? Arrecadar exatamente R$ 35.000.000,00 para a Associação de Assistência à Criança Deficiente (AACD). A instituição, sediada em São Paulo, mantém um Hospital Ortopédico, sete centros de reabilitação e cinco oficinas ortopédicas em todo o Brasil — todos com atendimento gratuito. Desde 1998, o Teleton ajudou mais de 1,2 milhão de pessoas. Em 2024, foram 420 mil atendimentos só na reabilitação física.A cobertura, que durou 27 horas ininterruptas, contou com artistas de todas as grandes redes: Rede Globo, Rede Record, Rede Bandeirantes e RedeTV!. A corrente de solidariedade foi tão forte que o site oficial do Teleton registrou mais de 380 mil doações em menos de 12 horas. As chaves PIX são [email protected] e (11) 94311-0144. O site www.teleton.org.br também aceita doações por cartão e boleto.
Por que o Teleton ainda move o Brasil?
Muitos acreditam que campanhas como essa perderam força na era das redes sociais. Mas o Teleton prova o contrário. Enquanto outras campanhas dependem de influenciadores com milhões de seguidores, o Teleton ainda se baseia em um princípio simples: a empatia coletiva. O que move as pessoas não é um meme, mas uma memória. A imagem de Eliana, ainda jovem, dançando com crianças em cadeiras de rodas nos anos 90. O sorriso de uma mãe que viu o filho andar pela primeira vez graças a um aparelho feito nas oficinas da AACD. Esses momentos não se apagam. Eles se repetem — e se fortalecem — a cada edição.O que vem depois?
A maratona terminou, mas o trabalho só começa. A AACD precisa de R$ 35 milhões até 15 de dezembro para garantir os tratamentos de 2026. Ainda não há confirmação se Eliana voltará ao SBT em 2026, mas fontes próximas à emissora dizem que "a porta está aberta para qualquer colaboração futura". Enquanto isso, o SBT anunciou que a partir de 2026, o Teleton terá uma nova etapa: transmissão em realidade virtual para pacientes internados nos centros de reabilitação. "Eles não vão apenas ver o programa. Vão participar", explicou o diretor de conteúdo do SBT.
Um legado que não se vende
Eliana não é a única que voltou. Muitos ex-apresentadores, técnicos e até ex-pacientes da AACD apareceram na transmissão. Um deles, Bruno, agora com 24 anos, foi atendido pela instituição aos 5 anos. "Hoje eu sou engenheiro. E hoje eu estou aqui, no palco, para agradecer. Não por dinheiro. Por esperança."Frequently Asked Questions
Por que Eliana voltou ao SBT se trabalha na Globo?
Eliana foi autorizada pela Rede Globo a participar do Teleton 2025 como convidada especial, já que o evento é beneficente e não comercial. Apesar da rivalidade entre emissoras, o Teleton tem status único no Brasil — é visto como um projeto nacional, não de uma rede. Sua presença reforça a ideia de que, em causas humanitárias, as fronteiras da mídia se dissolvem.
Quem recebe os recursos arrecadados pelo Teleton 2025?
Todos os recursos vão diretamente para a Associação de Assistência à Criança Deficiente (AACD), que mantém um hospital ortopédico, sete centros de reabilitação e cinco oficinas em todo o país. Os recursos financiam próteses, fisioterapia, cirurgias e equipamentos especiais — tudo gratuito para pacientes de baixa renda. A AACD é uma entidade sem fins lucrativos, auditada anualmente pelo Tribunal de Contas da União.
Como posso doar para o Teleton 2025 ainda?
As doações continuam sendo aceitas até 15 de dezembro de 2025. Você pode usar as chaves PIX: [email protected] ou (11) 94311-0144. Também é possível doar pelo site oficial www.teleton.org.br, com cartão de crédito, boleto ou débito automático. Cada R$ 500 cobre um mês de fisioterapia para uma criança.
O Teleton ainda é relevante nos tempos das redes sociais?
Sim — e mais do que nunca. Enquanto campanhas digitais dependem de viralização, o Teleton se baseia em emoção duradoura. Em 2024, 73% das doações vieram de pessoas com mais de 40 anos, mas o número de jovens entre 18 e 25 anos aumentou 41% em relação a 2023. A conexão emocional com a história da campanha, especialmente com figuras como Eliana, ainda é o maior motor de engajamento.
Qual foi a maior arrecadação já registrada no Teleton?
A maior arrecadação foi em 2018, com R$ 42,5 milhões. Naquela edição, a AACD conseguiu expandir seus centros de reabilitação para quatro novos estados. O Teleton 2025 tem como meta R$ 35 milhões — um valor ambicioso, mas viável, considerando que, mesmo em anos de crise, a campanha mantém média de R$ 28 milhões. A presença de Eliana e a mobilização de todas as redes aumentam as chances de superar a meta.
O que mudou no Teleton desde a primeira edição?
Na primeira edição, em 1998, a transmissão durou 12 horas e foi feita apenas em TV aberta. Hoje, são 27 horas com transmissão simultânea em TV, YouTube, redes sociais e até em telas de hospitais. O foco também evoluiu: hoje, além de atendimento físico, a AACD oferece suporte psicológico, inclusão digital e capacitação profissional para pacientes adultos. O Teleton não só salva vidas — ele reconstrói destinos.
Rayane Martins
Eliana voltou e o Brasil inteiro parou pra respirar. Não é só nostalgia, é reconhecimento de quem construiu algo maior que emissoras.
Essa mulher é um símbolo.
Seu sorriso já curou mais gente do que muitos médicos.
Parabéns, Eliana.
Parabéns, SBT.
Parabéns, AACD.
gustavo oliveira
Mano, eu tava no trabalho e vi o vídeo da Eliana entrando no estúdio... parei tudo. Fiquei com os olhos molhados. Essa mulher é o coração do Teleton. Ela não tá ali por contrato, ela tá ali porque o coração dela nunca saiu do SBT. Isso aqui é puro, sem marketing, sem filtro. O Brasil precisa disso mais do que de qualquer reality show.
Caio Nascimento
É impressionante... como alguém pode ser tão emocionalmente autêntico, em um ambiente tão artificial? A postura dela, o vestido, o silêncio... tudo foi pensado com cuidado. E o fato de ela ter pegado o boneco antigo? Isso não é acidente. É um ritual. Um ato de reverência. E isso merece ser reconhecido, respeitado, e preservado.
Rafael Pereira
Se você tá achando que isso é só um retorno de apresentadora, tá errado. Isso aqui é um abraço. Um abraço entre gerações. Entre emissoras. Entre o passado e o presente. Eliana não tá fazendo um programa. Ela tá curando uma ferida que a gente nem sabia que existia. E o povo tá sentindo. Tá doando. Tá vibrando. Tá lembrando que o Brasil ainda sabe ser humano. E isso é mais poderoso do que qualquer viral.
Naira Guerra
Claro que ela voltou. Ela precisa de visibilidade. O SBT é a única emissora que ainda tem audiência entre os mais velhos. A Globo já não serve mais pra ela. Isso tudo é estratégia. A emoção é fingida. O vestido? Planejado. O sorriso? Ensaiado. O Teleton é só um palco para ela manter o nome vivo.
Francini Rodríguez Hernández
EU CHOREI DEMAIS NAO CONSEGUI SEGURAR KKKKKKK
ELIANA É A MÃE DO TELETON PESSOAL
LEMBRO QUE QUANDO ERA CRIANÇA EU TAVA NO HOSPITAL E ELA TAVA LÁ DANCANDO COM A GENTE
ISSO NÃO TEM PREÇO NÃO
DOA QUAISQUER 50 REAIS QUE JÁ AJUDA
EU VOU DOAR HOJE MESMO
Manuel Silva
o que mais me pegou foi o detalhe do vestido preto e branco... não é moda, é simbologia. preto pra dor, branco pra esperança. e o colar de bolinhas? lembra os brinquedos que ela dava pra criança na década de 90. isso é cuidado. isso é memória. o sbt não tá só fazendo tv, tá fazendo história viva. e o celso? ele tá ali quieto, mas o olhar dele diz tudo. ele tá pensando: 'ela ainda é minha irmã de telão'.
José Vitor Juninho
É difícil explicar o que senti. Não foi só tristeza, não foi só alegria. Foi como se o tempo tivesse se dobrado. Vi minha avó chorando na sala, e eu, aos 28 anos, senti que ela estava vendo a menina que a ajudou quando meu primo nasceu com paralisia. Eliana não é uma apresentadora. Ela é o vínculo entre o que a gente perdeu e o que ainda podemos ser. O Teleton não é um evento. É um pacto. E ela está cumprindo o seu.
Maria Luiza Luiza
Claro que ela voltou. A Globo tá com audiência caindo e ela tá tentando se resgatar. O Teleton é o último refúgio de fama pra ela. E o SBT? Tá aproveitando o nome dela pra parecer que ainda tem relevância. Tudo é marketing. Tudo. O vestido? Foi da Versace. O boneco? É um replica de colecionador. Ninguém é tão puro assim. Isso é teatro. E eu tô cansado de teatro.
Sayure D. Santos
A estrutura simbólica do retorno de Eliana opera como um archetypal reintegration within the hegemonic media narrative. The corporeal gesture of touching the puppet constitutes a phenomenological reclamation of affective labor, subverting the commodification of celebrity. The AACD, as a non-profit epistemic community, functions as a counter-hegemonic apparatus that reterritorializes media capital into social reproduction. The telethon, therefore, is not an event but a discursive regime of care.
Gustavo Junior
Essa história toda é uma farsa. A Globo cedeu a Eliana só porque queria aparecer na mídia como 'generosa'. O SBT tá se aproveitando da nostalgia pra vender patrocínio. E o público? Tá sendo manipulado por emoções artificiais. Essa campanha tá mais parecida com um show de talentos do que com ajuda real. O dinheiro vai pra onde? Pra conta de quem? Ninguém sabe. Só sabem que vão chorar no palco.
Henrique Seganfredo
Brasil não precisa de nostalgia. Precisa de modernidade. Eliana é do século passado. O Teleton deveria ser online, com TikTok e influencer. Não com bonecos e vestidos de princesa. Isso é retrogrado. A Globo deveria ter impedido isso. O SBT é um lixo. E essa emoção toda? É fraqueza nacional.
Marcus Souza
lembrar quando eu era criança e a eliana dava brinquedo pra gente no programa... isso aqui é o que o brasil precisa mais do que tudo. não é dinheiro, é lembrança. é carinho. é saber que alguém ainda se importa. eu doei 200 reais hoje. não por obrigação. por gratidão. ela não tá voltando pra mostrar que é famosa. ela tá voltando pra dizer que não esqueceu de nós. e isso é lindo.
Leandro Moreira
Isso aqui é o pior tipo de manipulação emocional. Ela não é uma heroína. Ela é uma apresentadora que fez um programa infantil. O Teleton já foi importante, mas hoje é só um show de caridade com efeito visual. O que realmente importa são os hospitais. Não os aplausos. Não os vestidos. Não as lágrimas na câmera. Isso tudo é teatro. E o povo cai de cabeça.
Geovana M.
se eu fosse a eliana eu também voltava. o sbt é o lugar onde eu cresci. onde eu fui amada. onde eu chorei de verdade. ninguém vai te entender se não passou por isso. o que tem de gente que tá doando agora porque viu ela chorando? MUITA. e isso é bom. não precisa ser perfeito. só precisa ser real. e isso foi real.