'Gloria': uma viagem pela trajetória extraordinária de Glória Maria
Quem achava que já tinha visto tudo sobre a carreira de Glória Maria vai se surpreender de novo. A TV Globo preparou um presente especial para quem admira a jornalista: a série documental 'Gloria' estreia no dia 27 de abril de 2025 e será exibida aos domingos, logo depois do 'Fantástico'. Esse projeto, que faz parte das comemorações pelos 60 anos da emissora, promete mostrar lados pouco conhecidos e muitas curiosidades de uma das maiores comunicadoras do país.
Com quatro episódios, a produção mergulha fundo nos 52 anos da carreira de Glória. Desde aquela transmissão ao vivo em 1971 que mudou o jeito de fazer TV, até as reportagens em mais de 100 países. Lembra quando ela cobriu a Guerra das Malvinas? Ou quando entrevistou gigantes como Michael Jackson e Madonna num tempo em que poucos brasileiros tinham tanto acesso assim?
Entrevistas exclusivas e bastidores que só quem viveu pode contar
O público vai ver entrevistas especialmente gravadas com quem estava perto dela—tanto na vida pessoal quanto no trabalho. Músicos como Djavan, Maria Bethânia e Roberto Carlos relembram as histórias e o impacto que Glória causou. Até Emicida, referência da nova geração, entra na conversa para mostrar como ela abriu portas para outros pretos ocuparem espaços importantes na mídia. Companheiros de profissão, como Pedro Bial e Maju Coutinho, compartilham bastidores e relatos únicos sobre como era conviver e trabalhar com ela.
Tem ainda uma camada mais íntima: as filhas de Glória, Maria e Laura, também aparecem contando detalhes do cotidiano e da relação com a mãe. Elas falam do lado afetuoso, do cuidado e dos desafios de crescer ao lado de alguém sempre tão dedicada ao jornalismo, mas que nunca deixou de ser presente na vida familiar. Um dos episódios, inclusive, vai ao ar justamente perto do Dia das Mães, trazendo um olhar emocionante sobre como Glória conciliava a carreira de sucesso com a maternidade.
O documentário 'Gloria', dirigido por Danielle França e escrito por Paulo Sampaio, vai além das conquistas conhecidas. Ele recupera imagens de arquivo que mostram desde os primeiros passos de Glória nos corredores do canal até momentos inéditos das viagens e coberturas marcantes. Além das depoimentos, a série faz questão de discutir o papel dela como símbolo de resistência e representatividade para mulheres negras no jornalismo, algo que pesa muito quando se olha para o cenário dos anos 1970 até os dias de hoje.
Em todas as telas—no canal aberto da Globo e também na Globoplay—o especial quer mostrar o porquê de Glória Maria ser considerada fonte inesgotável de possibilidades. E o que isso significa para quem assiste: inspiração, espelho e incentivo para não aceitar limites. Quando se fala em pioneirismo, basta olhar para a quantidade de portas que Glória abriu, numa época em que a presença de uma jornalista negra em grandes coberturas internacionais era quase impensável. Hoje, boa parte do jornalismo maratonista que aparece na TV tem um pouco do DNA dela.
