A descoberta de uma nova cepa de coronavírus na China provocou um verdadeiro turbilhão no mercado de ações. As notícias sobre o vírus HKU5-CoV-2, identificado por pesquisadores no Instituto de Virologia de Wuhan, fizeram as ações da fabricante de vacinas Moderna dispararem 5%. Da mesma forma, BioNTech e Pfizer também experimentaram um aumento em seus valores, com respectivas altas de 3% e 1%.
O novo coronavírus foi encontrado em morcegos e apresenta semelhanças genéticas consideráveis com o SARS-CoV-2, responsável pela pandemia da COVID-19, e com o MERS, outro vírus de alto risco. Diante disso, o estudo publicado na revista Cell destacou a potencial capacidade de o novo vírus transitar entre espécies e infectar humanos, o que traz à tona antigas e recentes preocupações de saúde global.
Impacto no Mercado Financeiro
O cenário para as companhias aéreas, no entanto, não foi tão otimista. Os temores de uma nova onda pandêmica fizeram com que suas ações caíssem consideravelmente na bolsa de valores. Durante o início da pandemia de COVID-19, observou-se um padrão semelhante, com os investidores apostando na demanda crescente por vacinas em detrimento do setor de transporte aéreo, que pode ser fortemente impactado por restrições de viagens e alterações no comportamento dos consumidores.
Essa reação do mercado reflete claramente as expectativas em torno de uma possível necessidade renovada por vacinas, caso o HKU5-CoV-2 se mostre uma ameaça real à saúde pública. A rapidez com que as notícias afetaram as ações pode ainda sugerir um certo nível de preparo ou, pelo menos, espera por parte dos investidores em relação a surtos virais, uma lição aprendida a duras penas nos últimos anos.